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Recife, Pernambuco, Brazil
Estudante de Gestão em Marketing, espírita, filho, amigo, e uma série de outras qualidades (rsrs)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Se fosse com você?

Dizem os ditados antigos: "Educação vem de berço" e "Quando um burro fala, o outro baixa a orelha". Sem dúvida são ditados dos mais certos. Já foi-se o tempo em que pobreza era sinônimo de má-educação. E não estou aqui citando a  forma como a pessoa pega no garfo na hora da refeição, ou quando pronuncia uma palavra de forma "errada" ou fora da norma culta. Estou falando de polidez no tratamento, de respeito àqueles que nos prestam as orientações diárias, do cuidado em não invadir grosseiramente o espaço do próximo, como fazer silêncio pra ouvir o vizinho, coisinhas básicas da "educação infantil metodológica". 

Presenciamos diariamente exemplos da falta de respeito com que o ser humano vem tratando um ao outro. Pequenas atitudes xulas que, quando descontroladas, chegam a causar tragédias. Brincadeirinhas inocentes que culminam em pancadaria e morte. De onde vêm, por exemplo, as rivalidades trágicas entre as torcidas de futebol, se não do mau hábito enraizado e mal combatido de ofender e diminuir a escolha do outro, de não aceitar que o outro tem o direito de não gostar daquilo que gostamos? Caramba! Os cinco dedos de nossas mãos são diferentes, imagine as pessoas de um bairro inteiro, de uma cidade, de um planeta!

A que ponto chegou o ser humano, em especial o brasileiro, já que aqui estamos, que se acha a melhor das criaturas, a tampa da Crush, que se entitula o povo mais tolerante, em pleno século XXI, Era de Aquárius, tendo que elaborar leis rigorosas de punição para crimes contra a mulher, contra homossexuais, contra os animais, contra a criança, contra os idosos, e por aí vai... Daí eu pergunto: E se fosse a sua mãe? E se fosse seu filho? E se fosse seu avô? E se você fosse aquele cavalinho, coitado, puxando a carroça pra levar tijolo, levando chibatada nas costas? Ou se fosse você aquele pobre cachorro, jogado na rua, doente, cheio de fome, que chega aparecer as costelas, sarnento, sem nem entender o que ou porque isso acontece contigo, porque um ser humano (aquela criatura evoluída) te jogou na rua pelo fato de você ter adoecido, ou de ter preguiça de catar seus carrapatos, ou muitas vezes só pelo fato de você ter nascido fêmea?

Independente de religião, podemos refletir, em termos de censo de justiça e respeito ao próximo, sobre o que foi respondido a Allan Kardec há mais de 150 anos, quando ele indagou aos espíritos sobre qual é a base da Justiça: "... Deus colocou no coração do homem a regra de toda a verdadeira justiça, pelo desejo de cada um de ver respeitar seus direitos. Na incerteza do que deve fazer ao seu semelhante em dada circunstância, o homem se pergunta como ele desejaria que se fizesse para com ele em situação semelhante. Deus não poderia dar-lhe um guia mais seguro que a sua própria consciência." (Questão 876 do Livro dos Espíritos)



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